RESUMO
Around 70% of the ophidian accidents reported in Brazil (2021) are from Bothrops genus snakebites. Intense inflammatory reaction in the local tissue with, in severe cases of bothropic envenomation, dysfunction of affected organ. Bothropstoxin-I (BthTX-I), isolated from Bothrops jararacussu venom, is a phospholipase A2 (PLA2) involved in inflammatory process and tissue damage. Cooperation between tissue components and immune cells, such as the macrophage, is critical for the repair of the injured site. The inflammatory response is initiated by detecting signs of acute tissue damage due the disturbance in the homeostasis (DAMPs) and/or by recognition of pathogen-associated molecular patterns (PAMPs). Several receptors are involved in the detection of PAMPs and DAMPs, and among them are the inflammasome. Therefore, it has been reported that the inflammasome participates in the induction and resolution of inflammatory response induced by different microbial antigens and/or those. Mice genetically selected for maximum (AIRmax) and minimum (AIRmin) acute inflammatory response to the Biogel, have been useful for the studies of the mechanisms involved in the inflammatory response. Therefore, our focus is to evaluate the inflammatory process induced by BthTX-I in AIRmax and AIRmin mice. Therefore, the BthTX-I was obtained from the B.jararacussu venom in quantity and purity for the next experiments. Furthermore, the BthTX-I was able to induce myotoxicity in AIRMax and AIRMin mice, which will allow the development of next experiments and studies to contribute for the understanding the mechanisms involved in the inflammatory process.
Cerca de 70 % dos acidentes ofídicos relatados no Brasil, em 2021, são resultantes de picadas de serpentes do gênero Bothrops. Intensa reação inflamatória é observada na lesão tecidual com relatos de disfunção do órgão afetado em casos graves de envenenamento botrópico. Bothropstoxina-I (BthTX-I), isolada do veneno de Bothrops jararacussu, é uma fosfolipase A2 (FLA2) envolvida no processo inflamatório e lesão local. A cooperação entre componentes teciduais e células imunes, como o macrófago, é fundamental para o reparo do local lesionado. A resposta inflamatória é iniciada por meio da detecção de sinais resultantes do dano tecidual devido à quebra da homeostasia (DAMPs) e/ou por reconhecimento de padrões moleculares associados aos patógenos (PAMPs). Diversos receptores estão envolvidos na detecção de PAMPs e DAMPs e, dentre eles estão os inflamassomas. Portanto, têm sido demonstrada a participação do inflamassoma na indução e regulação da resposta inflamatória induzida por antígenos microbianos e/sinais de danos teciduais. Camundongos geneticamente selecionados para máxima (AIRmax) e mínima (AIRmin) resposta inflamatória aguda ao Biogel, têm sido utilizados como modelo experimental para o estudo dos mecanismos envolvidos na resposta inflamatória. Isto posto, temos como foco avaliar a ação da BthTX-I sobre o processo inflamatório em camundongos AIRmax e AIRmin. Portanto, a BthTX-I foi obtida a partir do veneno de B. jararacussu em quantidade e pureza para a realização dos experimentos. Além disso, a BthTX-I purificada foi capaz de induzir atividade miotóxica em camundongos AIRMax e AIRMin, o que permitirá o desenvolvimento de novos estudos e experimentos sobre os fatores/mecanismos que medeiam a resposta inflamatória.
